segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fotos de yamadori de jurema branca





quarta-feira, 22 de junho de 2011

Testando nova mistura

Tendo por base a mistura universal de substrato para bonsai, estou testando uma mistura para o clima semi-árido predominante no estado do ceará, é uma mistura básica, tendo como principal componente a areia de rio peneirada e caqueira de telha com granulometria entre 4,0mm e 2,00mm, com adição de pequenas quantidades de vermiculita   (Material de origem mineral com grande capacidade de absorção e retenção de umidade e de nutrientes, pH neutro, isento de nutrientes. Usado somente em vasos muito pequenos (mame) ou em regiões muito quentes, em proporções não maiores que 10% do total da mistura. Pode ser encontrada em casas de agro-pecuárias) terra preta

 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Substrato

Quando os bonsai foram levados para a Europa e Estados Unidos, próximo ao século XX, começou-se a criar um “mito” que havia algum segredo oriental em cultivar estas plantas pois elas morriam em pouco espaço de tempo e este segredo superaria os conhecimentos básicos da botânica. Mas na verdade um dos segredos era justamente as técnicas e conhecimentos da formulação do substrato utilizado nestes bonsai.
É bom sabermos que a função das raízes é absorver a água e nutrientes em suas pontas (meristema ou raízes capilares) mais claras, finas e ramificadas; É a “boca” da planta e suas raízes mais velhas, fortes e grossas fazem sua fixação e sustentação no solo!
Temos que entender agora, que as plantas precisam de espaço pra crescer suas raízes sustentando e fixando a planta e as raízes precisam de ar, água pra hidratar-se, absorverem nutrientes e fazer suas reações químicas, os próprios nutrientes, uma base para sustentar-se, fixarem algumas bactérias que vivem em associação com a planta, ajudando na absorção e ou elaboração de nutrientes e PH ideal de solo a cada espécie. (Quanto às bactérias associadas, não se preocupem, a planta saudável se vira muito bem sozinha e [elas] chegam naturalmente à raiz da planta pelo ar água etc).
Em contra partida temos os vasos de bonsai que normalmente são bem pequenos, cabem pouco substrato e por isso também mantêm a umidade por um curto período de tempo.
O substrato não pode compactar-se como terra comum, pois irá perder aeração e reter só umidade, asfixiando, matando e apodrecendo as raízes e conseqüentemente matando a planta…
Então este solo “ideal” tem que ter:
  • aeração (espaços vazios onde possam circular o ar)
  • retenção de umidade e nutrientes suficientes para suprir a planta sem compactar-se nem encharcar
  • sustentação, propiciando a fixação das raízes e a planta como um todo
  • pH ideal para espécie cultivada. Um método prático para se determinar o pH do solo para cada espécie de acordo com o tamanho das folhas é o seguinte: Folhas maiores pH mais ácido, folhas menores pH mais alcalino. Com exceção das azaléias em geral se o seu solo tiver aeração, retenção de umidade / drenagem adequados isso não será de grande problema.
O segredo está na composição e também na granulometria ou tamanho das partículas deste substrato, ou seja, teremos:
  • Mais oxigênio nas raízes;
  • Melhor drenagem;
  • Mais fácil de transplantar sem os danos às raízes capilares;
  • Mais fácil de expor e limpar as raízes durante a poda;
  • Maior área de superfície em que as raízes possam crescer;
  • Aumento do número de raízes e suas ramificações;
  • Menor elevação de temperatura do substrato em nível danoso à planta;
  • pH correto do solo para a espécie;
  • Condições ideais para a troca de íons;
  • Meio apropriado para o desenvolvimento de bactérias benéficas associadas;
  • Cor e aparência agradável;
  • Facilidade em aplicar e controlar nutrientes;
  • Menos estresse pela diminuição dos riscos em quebrar raízes mais grossas;
  • Menor probabilidade de galhos mortos;
  • Melhora na saúde da planta;
  • Aumento da longevidade do bonsai.
Vamos entender essa granulometria ou tamanho das partículas nesse substrato
As raízes vão crescer entre as partículas do solo, se olharmos bem de perto iremos ver que a parte merismática ou capilar vai de encontro com as partículas, hora mudando de direção no seu crescimento, hora ramificando-se e aumentando-se de tamanho e área deste tipo de raiz e isso é muito bom. Neste crescimento as raízes estarão em busca da água disponível que estará junto ao ar. Isso mesmo!
Todos já viram na escola sobre as propriedades da tensão superficial dos líquidos, que criam um efeito capilar e que elevam um líquido, aderindo a pequenos corpos. Isso fará a água aderir às partículas do nosso substrato granulado, mantendo tanto oxigênio como também a água.
Sabemos hoje que a granolometria ideal neste substrato estaria também entre 2 e 5 milímetros, variando entre estes tamanhos.
Pra conseguirmos estes tamanhos precisamos então de duas peneiras. Uma com 1 ou 2 milímetros de malha e a outra entre 4 ou 5 milímetros de malha.
Vamos moendo o nosso substrato escolhido e peneirando na de malha maior, o que não passar pela peneira maior mói-se novamente até que tudo passe. Depois peneiramos na mais fina, o que passar tem que ser descartado, pois é pó ou pequeno demais. O que ficar nesta última peneira será utilizado!
Temos também grãos de 2 tipos, o liso do tipo cascalho de rio lavado (meio vítreo) e os ásperos do tipo calcário dolomítico (ou Dolomita) moído.
O grão mais áspero tem uma área de superfície muito maior que o grão mais liso e isso proporciona uma capacidade de retenção de líquidos muito maior que o grão liso. Portanto, os grãos ásperos são muito mais apropriados na utilização em bonsai.
Agora uma informação polêmica !!!
Costumamos colocar só cascalho mais grosso no fundo dos vasos com a finalidade de melhorar a drenagem do substrato e isso é utilizado pela maioria dos mestres, foi o que me ensinaram e é o que faço ainda, mas pesquisas recentes mostraram que esta prática pode estar fazendo mal aos nossos bonsai.
A capilaridade da água no substrato, que nos ajuda, tende a mover-se de uma partícula maior para uma partícula menor e isso tende a carregar a umidade do vaso para a camada mais superior do substrato e criando uma “falta” de água nas raízes mais baixas do vaso, formando um acúmulo de sais.
Muitos mestres de bonsai estão começando concordar que o ideal é conter uma mistura homogênea em todo o vaso sem a camada de cascalho mais grossa no fundo!!! (vamos pesquisar?)
Mais algumas coisas a serem levadas em consideração na formulação do substrato.
  • Profundidade do vaso – influencia drasticamente na evaporação da água, vasos muito pequenos como os de mame ou muito rasos tendem a reter a umidade por bem menos tempo.
  • Insolação – ou período em que o vaso permanece exposto ao sol. Um vaso que fica o dia todo exposto ao Sol obviamente perderá mais umidade que um vaso que fique ao Sol apenas durante a manhã
  • Clima – as estações do ano, clima ou micro clima local, ventos, média pluviométrica etc
  • Espécie cultivada – algumas espécies preferem solos bem encharcados como as Ericas Chinesas-(Leptospermum – Na verdade é originária da Nova Zelândia e Austrália) Outros como os pinheiros e tuias se desenvolvem melhor em um substrato que não se encharque.
  • Vaso – A superfície e material do vaso também influência na umidade de certa forma, um vaso mais poroso tende a reter mais água
Características e possibilidades de materiais para substrato
No Japão é muito utilizado uma composição de “Akadama” que é uma argila vulcânica e compõe a maior parte do substrato, “Kiryu” extraído próximo a uma cidade de mesmo nome tem sua composição argilo-arenoso e “Kanuma” também extraído próximo a cidade de mesmo nome, amarelado, ácido, de origem vulcânica, sem matéria orgânica e muito usado puro para azaléias. Mas este material todo é muito difícil de ser encontrado no Brasil.
Dolomita – ou qualquer material mineral calcário, proporciona boa aeração, drenagem do ph alcalino, livre de matéria orgânica e nutrientes.
Cascalho lavado de rio – pedrisco ou areia de rio, normalmente formado por quartzo proporciona boa aeração, drenagem de pH Neutro, livre de matéria orgânicas e nutrientes. Menos indicado pra algumas regiões que o cascalho de dolomita, por ter superfície mais lisa e de menor área retendo menos umidade.
Terra de cupinzeiro moída ou granulada – tem sua composição argilosa, boa aeração, retém boa umidade e nutrientes, compactação moderada a (compacta-se em até um ano), tende a ter o ph neutro, pouco ou nenhum nutriente. È conveniente assar este material depois de peneirado pra se evitar contaminações e semente de plantas indesejáveis. Cupinzeiros de cor mais escura são menos arenosos e tendem a compactar-se ainda menos.
Vermiculita – Material de origem mineral com grande capacidade de absorção e retenção de umidade e retenção de nutrientes, ph neutro, isento de nutrientes . Usado somente em vasos muito pequenos ou em regiões muito quentes em. Pode ser encontrada em casas de agro pecuária.
Substrato comercial – Normalmente vem com matéria orgânica curtida incorporada á restos de folhas, madeira, serragem, pó de xaxim e terra preta. Não utilizar ou evitar os substratos que tenham a adição de adubos. Alguns fabricantes colocam também vermiculita na composição, é bom observar isso e tomar o devido cuidado. Pode ser bem aproveitado para composição se substrato para Azaléias, acidificando a mistura.
Carvão vegetal – Tem certa propriedade fito-sanitária e pode ser usado em até 5% da mistura moída na mesma granulometria dos outros componentes.
Material orgânico – em geral restos de vegetais em decomposição e esterco. Rico em nutrientes, pH ácido, grande capacidade de retenção de umidade e compacta-se facilmente.
Argila expandida moída – Boas propriedades em retenção de umidade e absorção de nutrientes, boa aeração, pouca ou nenhuma compactação, inerte, pH neutro, isento de nutrientes. Tem uma aparência desagradável por ser cinza escuro quando quebrado.
Tijolo ou telha moído – Boas propriedades em retenção de umidade e aeração, pouca ou nenhuma compactação, inerte, ph neutro, isento de nutrientes.
Laterita ou laterita mineira– Granulado rico em minério de ferro. Não seria normalmente parte do substrato, mas podem ser usados alguns grãos em Azaléias e plantas com deficiência em ferro. Comumente muito usado como material em aquário plantado e fácil de ser achado em lojas deste ramo.
Composição final do substrato (ideal)
Não é que exista um substrato ideal, mas sim uma mistura básica para cada região do país (clima) e espécies. Em geral não se acrescenta material ou adubo orgânico, nem adubos químico ao substrato.
Toda a necessidade de nutrientes que a planta exigir será colocado periodicamente através de adubos específicos sejam eles químicos ou orgânicos e retidos no vaso pelos materiais com boa absorção de água.
Uma mistura usada muito na região Sudeste é de, 50% de pedrisco de dolomita e 50% de terra de cupinzeiro moída ou tijolo moído mais 5% de carvão vegetal.
Se por acaso você não tem como ficar sempre de olho na umidade, aquela pequena porcentagem de vermiculita pode ajudar e ser acrescentada.
Com estas informações acredito que seja mais fácil para cada um formular o seu substrato ideal. Levando em consideração agora o gosto pessoal, clima local e disponibilidade do material citado!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

História do bonsai

História do bonsai

arte chinesa
A Natureza sempre foi o caminho para o homem estreitar suas relações com o divino. Por esse motivo, as florestas eram o templo sagrado de muitas civilizações e a proteção na busca de equilíbrio. Assim, percorrer os caminhos tortuosos da floresta era comum, principalmente entre os monges chineses e os taoístas, interessados em meditar e reabastecer suas energias.
Entre os elementos naturais dignos de adoração, as árvores centenárias eram o exemplo mais marcante de longevidade e superação da ação do tempo. Mesmo expostas a condições desfavoráveis, elas renasciam, floresciam e frutificavam todo ano. Era a verdadeira vitória contra a morte. Com o passar dos anos, surgiu a idéia de levar para as cidades um pouco da “essência mágica” das florestas.


arte chinesa

As árvores, então, começaram a ser cultivadas em vasos pequenos ou bandejas, mas com a aparência de terem vivido muitos anos. Essas miniaturas eram chamadas de pun sai e cada monge budista cuidava do seu exemplar com dedicação absoluta para apresentarem uma expressão de saúde e beleza natural, mas, principalmente, para servirem de veículo à meditação.

Desenvolvida pelos chineses desde o ano 200 a.C., essa arte provavelmente foi levada ao Japão por monges. Na Era Kamakura, entre 1192 e 1333, ocorreu a primeira menção ao bonsai em terras japonesas, sinal de que os nobres já haviam descoberto esse tesouro em miniaturas de ameixeiras, cerejeiras e pinheiros plantados em vasos.

A popularidade do bonsai já era imensa na Era Edo, entre os anos de 1615 e 1867, principalmente pelas espécies floríferas e com folhagens coloridas. O período também é marcado pelo desenvolvimento das técnicas de cultivo e a criação dos estilos básicos.

Mas foi só no começo do século XX que o mundo ocidental pôde admirar a perfeição das árvores cultivadas em espaços reduzidos. As exposições destas pequenas obras de arte, criadas em conjunto pelo homem e a Natureza, davam ao mundo lições de paciência, dedicação e técnica.

O bonsai passou a ser popular nas grandes cidades carentes do contato com a Natureza. Logo, tornou-se um hobby que se espalhou por diversos países. No Brasil não é diferente. Muitas pessoas dedicam anos para dar a forma envelhecida às suas plantas, inclusive muitas nativas. Afinal, num país tropical com tantas espécies de árvores, nada mais justo do que se aventurar pelo mundo do bonsai.

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Texto retirado da revista Biblioteca Natureza – Bonsai, Segredos de Cultivo (editora Europa)


OBS.: Apesar de ser responsável pela difusão do bonsai pelo mundo, nem o Japão e nem a China foram os primeiros países a utilizarem técnicas para redução de plantas. Acredita-se que os primeiros a fazer isso foram os curandeiros indianos, que necessitavam transportar plantas medicinais e por isso reduziam as plantas, mesmo sem dar a essa técnica o nome de Bonsai.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Controle de doenças

Controle natural de doenças nas plantas

O agricultor antigo conhecia formas naturais de controlar doenças em sua lavoura, usando, por exemplo, extratos de plantas que eram pulverizados sobre outras plantas. Com o surgimento da agricultura moderna, este conhecimento foi se perdendo e os produtos químicos, conhecidos como fungicidas e bactericidas, ganharam destaque no controle de doenças.

No entanto, o uso destes produtos acabou por contribuir com o aparecimento de doenças mais resistentes, assim como acontece com o surgimento de bactérias cada vez mais resistentes aos antibióticos. Portanto, o resgate das informações tradicionais no controle de doenças tomou-se uma necessidade urgente, para que os pesquisadores buscassem novas alternativas, que verdade, eram as usadas em outros tempos.

As receitas caseiras, utilizando principalmente plantas aromáticas como a camomila, estão sendo, testadas aos poucos. Alguns experimentos, por exemplo, com o famoso capim limão, utilizando seu óleo essencial, têm mostrado eficiência no controle destes micro-organismos.

A seguir, alguns exemplos de receitas que podem ser experimentadas:

Chá de camomila ou matricaria
Controle: diversas doenças fúngicas. Estimula o crescimento das plantas.
Ingredientes: flor de camomila e água.
Preparo: Imergir um punhado de flores de camomila em água fria por um a dois dias. Pulverizar as plantas, principalmente as mudas na sementeira.

Mistura de cinza e sal
Controle: barbas, algas, liquens, musgos e outros parasitas das frutíferas.
Ingredientes: cal virgem (600g), cinzas (300g) e água (10 litros).
Preparo: Dissolver 600g de cal em 10 litros de água e misturar mais 300g de cinzas. Coar e aplicar sobre as plantas, pincelando ou pulverizando durante a seca, quando as plantas frutíferas estão em dormência.

Cal
Controle: formigas.
Ingredientes: cal e água.
Preparo: Fazer uma pasta de cal e pincelar sobre o tronco. Com isso, evita-se a subida de formigas e ajuda a controlar a barba das frutíferas.

Pasta de argila, esterco, areia fina e chá de camornila
Controle: proteção de cortes feitos por podas, troncos e ramos doentes.
Preparo: Misturar partes iguais de argila (barro), esterco, areia fina e chá de camomila, de modo a formar uma pasta. Passar nas partes afetadas. Pode-se usar para tratamento no outono, após queda das folhas e antes da floração e brotação.

Pasta dordaleza
Controle: algas, musgos e líquens. Ajuda a controlar fungos em frutíferas e doenças bacterianas em outras plantas.
Ingredientes: sulfato de cobre (1 Kg),  cal virgem (1 Kg) e água (10 litros).
Preparo: Diluir o sulfato de cobre em um pouco de água, mexendo bem. Em outro vasilhame, apagar a cal com água quente, devagar, esperando a solução esfriar. Em um terceiro vasilhame, colocar o sulfato de cobre e a cal, devagar, mexendo bem, adicionando o restante da água até completar 10 litros, mexendo novamente. Para aplicação, usar brocha de pedreiro, pincelando o tronco e as partes mais grossas dos galhos, evitando-se pegar nos ramos e folhas novas. Aplicar durante o inverno, quando a planta está dormente. Pode-se diluir a pasta, formando a calda bordaleza. Desta forma, aplica-se na forma de pulverizações.

Calda sulfocáustica
Controle: as mesmas doenças que a pasta bordaleza, tendo excelente ação sobre fungos como ferrugem do alho e cebola.
Ingredientes: cal virgem (1 Kg), enxofre (2 Kg) e água (10 litros).
Preparo: Diluir o enxofre em um pouco de água, acrescentando um pouco de detergente (adesivo). Em seguida, colocar em uma lata de 20 litros, levando ao fogo, acrescentando 10 litros de água. A seguir, acrescentar a cal já apagada, mexendo bem. Manter a solução no fogo durante uma hora, sempre acrescentando um pouco de água para manter o volume inicial. Após uma hora, a calda deverá adquirir uma coloração parda avermelhada (tipo Coca Cola). Coe em um pano depois de frio. Para a utilização, dilua 1 litro de calda para 15 litros de água.


Fonte de pesquisa: EMATER Paraná e EMATER Mato Grosso

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Calda sulfocálcica


Ingredientes:
- 2 litros de água
- 100 grs de cal
- 150 grs de enxofre (+ de 90% de pureza)
Preparo:
- Ponha 1 litro de água para ferver.
- Acrescente o cal aos poucos e mexa.
- Deixe fervendo até que se torne uma pasta bem consistente.
- Acrescente mais 1 litro de água fervendo.
- Deixe ferver por mais 5 minutos.
- Acrescente o enxofre aos poucos sempre mexendo.
- Deixe ferver em fogo baixo por mais 10 minutos.
- Apague o fogo e deixe esfriar.
- Coar usando um pano. (não espremer)
- Deixe escorrendo a água por 12 horas.
- Reserve o líquido que passou pelo pano e jogue a parte sólida fora.
Pronto! Está feita a sua calda sulfocálcica!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A beleza da estratégia

Os 47 ronins

http://en.wikipedia.org/wiki/Forty-seven_Ronin
No começo do século XVIII, o Japão era governado por Tokugawa Tsunayoshi [徳川 綱吉] (1646 – 1709), um entusiasta da arte. Incentivava as letras e a ciência através da fundação de escolas e da proteção aos artistas.
shogun chamou o daimyô de Ako (atual região de Hyogo), Asano Takuminokami Naganori [浅野長矩] (1667 – 1701), para exercer uma função similar ao dos taikomochis: entreter os convidados imperiais em Edo. Como Asano, até então, tivera pouco contato com as cerimônias da corte, Kira Kozukenosuke Yoshinaka [吉良義央] (1641 – 1702), um alto funcionário de Tsunayoshi e especialista em cerimômias, foi escalado para treinar o recém-chegado daimyô.
Mas Kira era um homem corrupto e, indignado, queria que Asano o recompensasse financeiramente pelo incômodo. Iniciou-se então uma turbulenta relação. Kira insultava o seu aluno com freqüência, não perdia uma oportunidade sequer de humilhá-lo, até que no final de março de 1701, irritado pelas atitudes de Kira, Asano desembainhou sua espada e avançou sobre seu professor ferindo-o levemente na face.
Qualquer ato violento nas dependências do castelo de Edo era considerado uma ofensa ao shogun e, portanto, Asano foi ordenado a cometer o seppuku. Antes de morrer, o daimyô escreveu:
風さそう 花よりもなお 我もまた 春の名残を いかにとかせん
Kaze sasou Hanayorimonao Waremomata Harunonagoriwo Ikanitokasen
As flores que caem não querem partir, mais frustrado do que as flores, o que devo fazer?
O clã de Ako foi confiscado e os 300 samurais de Ako tornaram-se ronins,samurais sem daimyô e conseqüentemente sem sustento. O clã se dispersou, mas foi formado um pequeno grupo de 47 pessoas que planejaram vingar a morte de seu daimyô. Entre estes, destacou-se um fiel guerreiro chamado Oishi Kuranosuke Yoshitaka [大石良雄], também conselheiro de Asano.
Sabendo que Kira aumentaria a sua segurança, Oishi ordenou que todos os 47 samurais dessem continuidade às suas vidas de modo a não despertar suspeitas, que vivessem como se tivessem abandonado o código de conduta dos samurais. Alguns viraram carpinteiros, alguns pescadores e outros mendigos. Oishi passou a viver em prostíbulos e renegou sua família.
Certo dia, um samurai de Satsuma (hoje Kagoshima) reconheceu Oishi jogado na rua completamente alcoolizado. Enfurecido pela covardia do bêbado, o transeunte chutou-o no rosto e cuspiu nele com desprezo.
Os espiões contratados por Kira relataram a vida desregrada dos possíveis vingadores e a segurança foi afrouxada. Até que na madrugada de 14 de dezembro de 1702, quase 1 ano e meio após a morte de Asano, sob forte neve, os 47 samurais atacaram a mansão de Kira em Edo.
Divididos em dois grupos, um liderado por Oishi e outro por Chikara (filho mais velho de Oishi), pegaram os guardas desprevenidos e logo dominaram a situação. Mas Kira tinha fugido. Rapidamente Oishi organizou uma busca e descobriram uma passagem secreta que levava a um pátio onde estava Kira, algumas mulheres e dois guardas. Os ronins mataram os guardas e o líder, em respeito ao alto posto de Kira, ajoelhou-se na frente do covarde e lhe explicou porquê aqueles 47 samurais estavam ali e convidou-o a morrer com dignidade cometendo o seppuku. Aterrorizado, Kira não disse uma palavra sequer e Oishi ordenou a decapitação.
Antes de se entregarem às autoridades, os 47 ronins levaram a cabeça de Kira até o túmulo de Asano. Na ocasião Oishi escreveu:
あら楽し 思いは晴るる 身は捨つる 浮き世の月に かかる雲なし
Aratanoshi Omoi-ha-sururu Mi-ha-sutsuru Ukiyo-no-tsuki-ni Kakaru-kumonashi
Estou feliz. Realizei o meu desejo e agora é a hora de morrer. Não existem nuvens na lua da minha vida.
Conforme o esperado, todos os 47 foram condenados à morte por terem assassinado um funcionário do governo. Mas em vez de serem executados, em respeito à lealdade dos samurais, em 4 de fevereiro de 1703, foi-lhes dado o direito de cometerem o seppuku. Todos eles foram enterrados ao lado de seudaimyô no templo de Sengakuji.
Diz a lenda, que o samurai de Satsuma que chutou Oishi, sabendo da verdadeira história, foi até Sengakuji pedir perdão e cometeu o seppuku. Ele também foi enterrado ao lado dos ronins.

Origem

Apesar de ter se originado na China, o bonsai ganhou fama mundial a partir do Japão. A palavra bonsai vêm do japonês e é formada por dois ideogramas (letras que exprimem uma idéia): bon, que significa bandeja ou vaso raso e sai, que quer dizer plantar, cultivar. No século XII, estudiosos japoneses visitaram a china para aprender seus costumes, arte e cultura. Foi nessa época que o Japão recebeu grande influência cultural e religiosa da China.
  
A evolução do bonsai no Japão
  
O bonsai no Japão iniciou com o cultivo de exemplares naturalmente miniaturizados, com pouca preocupação em alterar ou direcionar sua forma. Em meados do século XVIII, houve uma grande evolução das técnicas, fazendo com que o bonsai até então rústico se tornasse mais refinado. Surgiram, então alguns modismos e estilos estranhos e tortuosos, como o Bankan (serpentina) e o Takozukuri (polvo), que pelas aparências pouco naturais não são praticados nos dias de hoje. Após a sua popularização no séulo XX, a evolução do bonsai acelerou, alcançando na segunda metade do século, a excelência artística de hoje.
 
A popularização do bonsai no Japão
Até início do século XX, o acesso às técnicas de bonsai era muito restrito, disponível apenas às pessoas mais abastadas ou a nobres e religiosos. Para o público em geral, além de ser símbolo de "status", havia um certo misticismo em cultivar bonsai.Para atender à curiosidade e interesse crescente do público, aconteceu em 1914 a primeira Exposição Nacional de Bonsai. Vinte anos depois, o Museu Metropolitano de Arte de Tokio instituiu uma exposição anual (Kokufuten), realizada até os dias de hoje.
 
O aprendizado do bonsai
  
No Japão, o aprendizado tradicional (em qualquer arte, mesmo a culinária) baseia-se em uma relação mestre/ discípulo, na qual não existe a transmissão direta de conhecimentos pelo mestre. Cabe ao discípulo observar as atitudes do mestre e, baseado nisso, desenvolver sua própria técnica. Essa forma tradicional, apesar de muito eficiente, pois seleciona naturalmente os mais aptos e com mais disposição, é muito lento e com o tempo foi sendo abandonado, exceto para a formação de profissionais de alto nível (os Grandes Mestres).Para a população em geral, existem cursos de duração variada, para os mais diferentes públicos e gostos. 
  
Referências
  
Existem dezenas de livros de autores japoneses editados em inglês. Muitas das revistas internacionais de bonsai trazem também ártigos japoneses traduzidos para diferentes línguas.
Mesmo para quem não se interessa em aprender o idioma, as revistas periódicas em Japonês são tão ricas em ilustrações e fotos, que devem ser também uma opção, principalmente para estudar os padrões estéticos.
Em São Paulo, essas publicações podem ser conseguidas nas livrarias do bairro da Liberdade.
 

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Bonsai

Apesar da forte associação entre o cultivo de bonsai e a cultura japonesa, na verdade foram os chineses os primeiros a cultivar árvores e arbustos em vasos de cerâmica. Há provas de que, já em 200 d.C. os chineses cultivavam plantas envasadas (mais conhecidas como Penjing) como prática habitual da sua atividade de jardinagem.

O Bonsai na sua vida

O Bonsai na sua vida

sábado, 22 de janeiro de 2011